sábado, 23 de agosto de 2008

Por enquanto

Por Braz Gomes Filho

Por enquanto, tudo!
Por enquanto tudo está amorfo.
Por enquanto tudo está sem voz.
por enquanto tudo está contido
por enquanto tudo está em tudo.

Espera-se uma explosão que tudo transforme
Que faça o tudo amorfo ter corpo, ter forma
Que faça o tudo calado ser ouvido, ser gritado, ser lido
Que faça o tudo contido vir a ser de fato
Que tudo se espalhe em várias partes
Que tudo transforme-se em todos
Que faça o tudo em tudo ser um tudo em todos.

Todos serão tudo
Tudo estará em todos
Todos estarão em todos
Tudo será ponto de partida para todos
Todos serão tudo a partir de todos
Tudo se voltará para todos
Todos voltarão para tudo

Todos em tudo
Tudo verá todos
Todos irão a tudo
Tudo será feito a partir de todos
Todos se verão a partir do tudo

Por enquanto...

Um comentário:

Ge Dias disse...

Braz, não sabia que você também era poeta. Que poema lindo! Parabéns. Abraços