O título acima é tema de um artigo científico dos professores Cláudio Marcondes Castro Filho e Waldomiro de Castro Santos Vergueiro, publicado na Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação do Sistema de Bibliotecas da Universidade de Campinas – UNICAMP - v.5,n.1, jan./jun.2007 (http://server01.bc.unicamp.br/revbib/index.htm).
Nesse artigo os autores fazem uma análise das mudanças de interação professor-aluno, advindas com a implantação dos CRAIs – Centros de Recursos para a Aprendizagem e Investigação, após a Declaração de Bologna, assinada em 1999, que teve por objetivo a harmonização dos sistemas de ensinos superiores dos países participantes da União Européia.
Os CRAIs têm por proposta dar suporte à comunidade universitária, docentes e discentes, colocando à disposição destes grupos as tecnologias de informação e comunicação, oferecendo acesso a conteúdos científicos de qualidade, informações e orientação na criação de conteúdos para o ensino e pesquisa.
Esses Centros facultam ao aluno uma aprendizagem autônoma, a partir do momento em que ele tem à sua frente ferramentas às quais pode dispor e aprofundar os seus conhecimentos, trazendo novidades para debate em sala de aula e tirar dúvidas referentes aos conteúdos adquiridos em sua pesquisa.
A relação docente-discente, o espaço físico e temporal tomam outra proporção a partir do conceito dos CRAIs, citando Bernadete A. Gatti, os autores explicam que “isto significa ‘uma nova distribuição de espaço e uma nova relação de tempo entre o trabalho do docente com o discente e trabalho de cada um deles entre si’ (GATTI, 1993, p.24)”. Apesar da extrapolação do tempo e espaço e de uma certa independência tendo em vista a não fixação em um local convencionado, não há uma desordem, há atos coordenados, há avaliações, há uma interdependência que acaba por promover os sentimentos de ética, compromisso e responsabilidade.
As tecnologias da informação e comunicação servem como suporte para o docente, que com as afirmações ou dúvidas trazidas pelo aluno pesquisador, pode criar novos estímulos para os seu trabalho e conseqüentemente despertar em todos educandos um maior interesse pela disciplina que ele ministra. As tecnologias da informação e comunicação facilitam em muito o desenvolvimento da interdisciplinaridade, já que são uns dos principais elos entre o mundo globalizado e a matéria específica da sala de aula.
Para o docente há também outros novos desafios: o de orientar o aluno para que tenha consciência do uso que pode fazer da internet, aprender a lidar com as novas ferramentas que surgem a todo o instante, aprender a ensinar como esse uso deve ser feito e ter a sábia humildade de que realmente ele não é detentor dos saberes.
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Um comentário:
Olá Brás!
Seu glogger traz informações importánticimas á comunidade acadêmica. Falar de recursos á aprendizagem e suas implantações nunca é demais.
beijos!
Divina.
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